terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Para não deixar o blog morrer!

oi pessoal!
O semestre já acabou, mas os estudos a respeito de exercícios continuam saindo a todo vapor. Assim, nao resisti a vir aqui postar um deles, que relaciona alguns assuntos já abordados anteriormente.

Exercício aeróbico inibe apetite, diz estudo


Pesquisa britânica indica que atividade anaeróbica é menos eficiente para cortar a fome.

- Um estudo realizado na Grã-Bretanha indica que exercícios aeróbicos, como a caminhada e a corrida, são mais eficazes na inibição do apetite do que as chamadas atividades anaeróbicas, como a musculação. Segundo a pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista da Sociedade Americana de Fisiologia, passar 60 minutos na esteira afeta a liberação de dois dos principais hormônios reguladores do apetite, enquanto 90 minutos de musculação afetam apenas um deles. O principal autor do estudo, David J. Stensel, da Universidade de Loughborough, diz que a descoberta pode levar a novos e mais eficientes métodos para usar os exercícios físicos no controle do peso. Há vários hormônios que ajudam a regular o apetite, mas os pesquisadores se concentraram em dos dois principais, o peptídeo YY e a ghrelina. O primeiro inibe o apetite, e o segundo é o único hormônio conhecido por estimulá-lo. Hormônios Na experiência britânica, 11 homens jovens realizaram várias rotinas de exercícios, com intervalos de descanso, ao longo de vários dias. Em vários estágios de cada sessão de exercícios, eles preenchiam um questionário sobre o grau de fome que sentiam, e os cientistas mediam os níveis de ghrelina e de peptídeo YY em cada voluntário. Os pesquisadores descobriram que as sessões na esteira provocavam uma queda da ghrelina, indicando a supressão do apetite. Os níveis de peptídeo YY não se alterava significativamente. Apenas com base nos questionários sobre a fome, os cientistas perceberam que tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos inibiam o apetite, mas o primeiro tipo de atividade apresentavam uma inibição mais duradoura. Estudos anteriores foram inconclusivos quanto ao grau de produção ou inibição da ghrelina.

fonte: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid292801,0.htm

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Errata no post do quinto painel.

Galera, no post sobre o que foi falado no último painel, o número 5, está escrita a seguinte informação no parágrafo logo abaixo da figura que mostra a regulação de insulina e glucagon:
"A supressão de insulina é proporcional a intensidade do exercício, ou seja, quanto mais intenso o exercício maior será a concentração de insulina liberada no plasma durante sua realização."
Bem, como podemos entender, a informação está errada pois, como vocês podem ler em um post de um artigo presente no blog, a ação do glucagon, hormônio antagonista da insulina, é que aumentas durante o exercício físico, pois é necessário "tornar a glicose mais disponível para a atividade". As catecolaminas também participam deste processo de diminuição da concentração de insulina.
Bem para saberem muito mais informações sobre estes hormônios leiam os blogs e estudem para a prova de V/F.
Desculpem pelo erro no post e bons estudos.

Postado por: Carolina Vogado.
Estudem e pratiquem exercícios físicos regularmente!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Exercícios são alternativa aos antidepressivos

"Estudos realizados pela Fundação da Saúde da Mente, Inglaterra, exibido pela revista veja, indicam a atividade física como tratamento antidepressivo. Segundo os médicos, a prática de exercícios ajuda na medida em que melhora a auto-estima, já que deixa o corpo mais bonito e também traz a sensação da conquista de um objetivo além de manter o paciente em contato com outras pessoa evitando o isolamento e distraindo-os. O fato de liberar substâncias como endorfina também é uma considerável explicação no potencial desse tratamento.
O estudo mostrou ainda que 61% dos médicos acreditam que essa alternativa às drogas é eficaz, contra 41% há três anos. "

Para ler o texto completo: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/exercicios-sao-alternativa-aos-antidepressivos-343554.shtml

Postado por: Talita.


Pessoal, as explicações dos painéis de bioquímica do exercício já estão postadas e completas.
Para facilitar, elas estão em destaque na barra lateral esquerda, em "Quer ir direto para as explicações?" ou nos próprios arquivos. Os painéis também estão lá!
Obrigada pela visita e bons estudos!

Agora, divirtam-se!
(para ampliar as charges, clique sobre elas)
Postado por: Giovanna.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Painel 5 - Respostas hormonais aos exercícios/ Exercícios Físicos X Patologias

No quinto painel da apresentação sobre Bioquímica do exercício foi falado sobre as respostas hormonais à prática de exercícios físicos. Os hormônios citados foram insulina, glucagon, hormônio do crescimento humano (GH), endorfina, leptina e grelina.

A seguir uma explicação sobre cada um de acordo com o que foi falado nas apresentações e alguns detalhes que deixaram de ser comentados.

Insulina e Glucagon:

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta das ilhotas de Langerham no pâncreas e é um indicador do aumento da glicemia no plasma.



Ela é responsável por regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, com exceção do cérebro. Seus efeitos decorrem do aumento da velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. A parte dessa glicose que não é catabolizada de imediato para a obtenção de energia é armazenada como glicogênio hepático, muscular ou no tecido adiposo na forma de triglicerídeos. Conclui-se, portanto, que ela é um hormônio hipoglicemiante (que baixa a glicemia do plasma).




Ante a presença de trabalho muscular há uma diminuição na liberação de insulina, isto ocorre para que a glicose se torne mais disponível de forma direta para a atividade, visto que ela pára de ser transformada em glicogênio. A insulina é um hormônio antagônico ao glucagon e este passa a ser liberado em maior velocidade sinalizando a necessidade de um novo suprimento de energia para o trabalho muscular, principalmente como forma de tornar a glicose mais disponível para a atividade. A supressão de insulina é proporcional a intensidade do exercício, ou seja, quanto mais intenso o exercício maior será a concentração de insulina liberada no plasma durante sua realização.


O glucagon tem como principal função provocar o aumento da concentração de glicose no circulante no sangue, por meio das vias da glicogenólise e gliconeogênese hepáticas, motivo pelo qual é chamado de “o antagonista da insulina” (McArdle, Katch & Katch, 1988). Ele é secretado frente a baixos níveis de glicose plasmática do sangue que flui pelo pâncreas. Em situações de estresse metabólico como jejum ou exercício físico, as células alfa das ilhotas de Langerham são estimuladas liberando glucagon e posteriormente glicose pelo fígado na corrente sangüínea. Conclui-se portanto que, ao contrário da insulina, o glucagon tem sua concentração aumentada no plasma durante a prática de atividade física afim de suprir, por meio da ativação das citadas vias, a necessidade celular de energia.

Hormônio do crescimento humano (GH):


O hormônio do crescimento é produzido pela glândula hipófise. Dentre suas principais funções estão sua capacidade de aumentar a captação de aminoácidos e de síntese protéica pelas células e redução da quebra das proteínas; por ser um hormônio lipolítico, ele acentua a utilização de ácidos graxos como fonte de energia em detrimento do uso de glicose com conseqüente diminuição da adiposidade; estimulação do crescimento tecidual, cartilaginoso e ósseo e ele age harmonia com o glucagon estimulando a via gliconeogênica.

A atividade física estimula a
secreção de GH e para se determinar a quantidade deste hormônio produzida pela atividade física basta considerar sua intensidade que deve ser diretamente proporcional a produção do GH. Para que ele tenha uma ação efetivamente eficaz é necessário que o organismo esteja devidamente suprido de suas necessidades protéicas principalmente.
As endorfinas:

A endorfina é também um dos hormônios liberados pela glândula hipófise. Ela é responsável no atleta por amenizar as sensações de dor causadas por treinamentos intensos e lesivos e é também por causar um sentimento de euforia pós atividade física. Porém vale ressaltar que este sentimento de euforia ocorre em atletas, ou seja, em pessoas que tem a atividade física como algo regular em suas vidas, não esporádico. Pessoas consideradas sedentárias não sofrerão esta mesma ação das endorfinas, mas caso passem a praticar exercícios físicos elas passarão a este estágio a partir da terceira semana de atividade regular (podendo variar para cada indivíduo).



Foi abordado o fenômeno conhecido como “o barato dos corredores”, que explica essa euforia sentida pelos atletas após seus trabalhos físicos. A endorfina que tem seus níveis até duplicados no plasma e aumentados no cérebro durante a atividade física, age sobre o sistema límbico e no lobo pré-frontal, áreas cerebrais responsáveis pelo prazer e pelas emoções.
O barato ocorre geralmente entre atletas de atividades aeróbicas de baixa intensidade e duração média a longa, ou seja, períodos acima de meia hora. O “barato dos corredores” é um dos motivos que pode levar ao vício pela pratica de atividades físicas por parte dos atletas.
As atividades físicas estimulam a secreção de endorfinas.
OBS.: Nas imagens acima estão representadas uma β-endorfina e uma pimenta,estimulante da liberação de endorfinas.

Grelina e Leptina:
A grelina e a leptina são dois hormônios ligados a obesidade. A grelina atua na regulação do balanço energético a curto prazo e é um estimulante da produção do hormônio GH. A leptina é conhecida como “hormônio da saciedade” e auxilia no aumento do gasto energético. Em situações de exercício físico os níveis de leptina diminuem o que mostra que há também uma gradativa diminuição nas quantidades de células adiposas onde o hormônio ésintetizado.




Para saber mais sobre estes hormônios clique aqui.











FADIGA: Há três considerações de causa para a fadiga.


Fadiga devida a fatores que precedem a formação de pontes cruzadas => tem a ver com a liberação de cálcio pelo reticulo sarcoplasmático em conseqüência da despolarização muscular e é essencial para a ativação da conjunção excitação/concentração.


Fadiga devida a inibição do produto => Aquela que se baseia na produção de produtos formados pela dissociação do AC. Láctico _ hidrogênio e lactato _ como os causadores da fadiga muscular.


Fadiga associada a interrupção do suprimento de energia: Declínio gradual de suprimento de ATP ou aumento do acúmulo de ADP causado pela ausência de fosfocreatina e uma queda na taxa de hidrolise do glicogênio.


Exercícios físicos X Patologias:

É sabido que a prática de exercícios físicos é normalmente benéfica a saúde dos indivíduos. Ela pode ser um fator agente na diminuição do risco de doenças cardiovasculares, auxiliar no tratamento de diabetes, diminuir a obesidade levando o indivíduo a atingir o peso ideal para o perfeito funcionamento de seu organismo, além de reduzir significativamente, quando não completamente as doenças conseqüentes da obesidade, dentre outros benefícios.











Nutrição e Exercícios Físicos

Bem, como último tema da apresentação do painel foi dado um enfoque nas necessidades nutricionais de um atleta ou praticante de atividade física antes, durante e após o trabalho físico.

Carboidratos:








Sabe
-se que normalmente a maior parte da dieta de um indivíduo é composta da ingestão de carboidratos. Estes compostos são altamente energéticos sendo lançados na corrente sanguínea na forma de glicose e estimulando assim a secreção da insulina.

Os carboidratos devem ser ingeridos antes, durante e após a performance do atleta. Eles são a principal fonte de energia durante exercícios de intensidade alta e naqueles de intensidade média e constante oferecem energia de forma equilibrada com os ácidos graxos.

Durante a prática de um exercício mais intenso eles devem ser repostos constantemente afim de que as reservas de glicogênio muscular não sejam depletadas levando o atleta a fadiga. O constante suprimento de carboidratos durante a atividade física também é responsável por poupar as proteínas de serem degradadas e utilizadas como fonte de energia básica.

Após o término do trabalho físico é necessário que o atleta reponha gradativamente os seus estoques de glicogênio muscular por meio de uma alimentação rica em carboidratos.




Proteínas:


As proteínas são compostos que atuam na constituição tecidual orgânica tendo um importante papel na composição estrutural do corpo. Elas atuam também como enzimas, hormônios e na composição do aparelho contrátil muscular. Para tanto, elas não devem ser utilizadas como fonte primária de energia durante a atividade física.

O ideal é que o praticante do exercício reponha os carboidratos que perdeu durante o treinamento ou competição afim de que, naquele momento, as proteínas preservem sua identidade estrutural.

É válido lembrar que, embora as proteínas não sejam a ideal fonte de energia para
o organismo, em períodos prolongados de jejum, como durante o sono, elas são utilizadas para este fim, não sendo portanto uma fonte que só poderá ser utilizada para fornecer energia quando todas as reservas glicídicas e/ou lipídicas do corpo tiverem se esgotado.

Lipídios:


Os ácidos graxos são produtos da lipólise dos triacilgliceróis bem como glicerol. Eles são compostos extremamente energéticos, mas que sofrem uma degradação mais lenta do que a sofrida pelos carboidratos. Esta degradação lenta faz com eles sejam muito bem aproveitados em exercícios de intensidade média e de longa duração. É fácil entender o motivo. Neste tipo de exercício os lipídios têm tempo para serem degradados e disponibilizados como fonte primária de energia. A sua reposição após o exercício deve ser feita de forma moderada visto que, os glicídios já repostos também serão utilizados para repor os triacilgliceróis perdidos.





Eletrólit
os:

Sua perda durante o exercício físico ocorre por meio do suor e o total deles que é perdido depende da taxa de sudorese do atleta. Eles devem ser repostos de forma adequada afim de que o indivíduo não sofra posteriores desequilíbrios eletrolíticos como a desidratação.

Além da água contida no suor, o atleta perde também sódio e potássio. Se chegar a um estado de desidratação ele apresentará uma maior concentração plasmática de sódio. Quanto maior o estresse fisiológico mais grave será a desidratação. A partir de 2% de alteração no peso corporal do atleta por sudorese ele já apresenta um desidratação que pode levá-lo a um declínio na performance cognitiva e mental.

O atleta ou qualquer outro individuo_ só deve beber água quando sentir sede? A resposta é NÃO! A sede não é um bom parâmetro para a tomada da decisão de ingerir líquidos pois ela já é um quadro que indica um certo grau de desidratação.

E beber muita água é a atitude ideal a se tomar antes de iniciar os exercícios? A resposta também não. Esta atitude pode levar a um quadro de hiper-hidratação que tem como conseqüências edema pulmonar, vômitos, dores de cabeça, mãos e pés frios, fadiga intensa, confusão mental e desorientação.

O ideal é que o atleta tenha por hábito a ingestão de líquidos. Ela deve ser iniciada antes do exercício físico e com o devido aporte de eletrólitos. Durante o exercício recomenda-se a ingestão de água, e se possível adicionada de carboidratos mais eletrólitos, que também devem ser repostos durante a atividade, em uma média de 10 a 15 minutos de intervalo. Ao final do trabalho físico a quantidade ideal de líquidos a ser ingerida é a suficiente para repor o quanto foi perdido durante a performance.


Postado por Carolina.

Painel 4 - estresse oxidativo e radicais livres

Lembrando a vocês de tudo o que está escrito foi baseado em dois artigos científicos (os links estão no final do texto) e no livro Princípios de Bioquímica do Lehninger, segunda edição, editora Sarvier, São Paulo, 1995.

O estresse oxidativo ocorre quando, dentro do organismo, é produzida uma quantidade muito grande de radicais livres em relação à quantidade de compostos antioxidantes, fazendo com que o próprio corpo não consiga eliminar esses radicais de maneira eficiente. Esse fenômeno ocorre devido a alguns fatores, e um deles é o exercício físico intenso. Esses radicais livres podem reagir com compostos do corpo, causando prejuízos às membranas celulares e até mesmo à molécula de DNA.


Um dos tipos de radicais livres que são produzidos no corpo humano quando se pratica exercícios físicos intensos são as chamadas espécies reativas de oxigênio. Mas o que são essas espécies reativas de oxigênio? Espécie reativa de oxigênio é todo composto químico (átomo ou molécula) que possui um elétron livre na camada de valência, ou seja, esse elétron não está pareando com outro elétron. Isso faz com que esse composto tenha certa instabilidade, podendo se ligar e reagir com outro composto químico (no caso, membranas celulares, DNA, proteínas do corpo humano), mudando a configuração dessas estruturas e causando prejuízos ao corpo.

Quando uma pessoa pratica exercícios físicos muito intensos, são produzidas as espécies reativas de oxigênio de três maneiras diferentes, assim com foi mencionado no artigo “Zinco, estresse oxidativo e atividade física”. A primeira maneira é dentro da mitocôndria. No corpo são produzidas constantemente espécies reativas de oxigênio pela cadeia de transporte de elétrons, porque nem todo o oxigênio que entra na mitocôndria e passa pela membrana interna se transforma em água. Como no exercício físico intenso o consumo de oxigênio aumenta de maneira considerável, o percentual dessas moléculas que vai se transformar em espécies reativas de oxigênio aumenta também, aumentando assim, a quantidade de radicais livres dentro do corpo.

A segunda maneira seria a de produção de radicais dentro do citoplasma celular. O AMP que fica neste local, quando se pratica exercícios físicos intensos, é transformado em IMP (inosina monofosfato). Quando a concentração deste composto formado aumenta muito dentro no músculo esquelético, o que é causado pelo exercício intenso, este IMP é transformado em hipoxantina, xantina e em outros compostos posteriormente. Mas o que é de interesse para nós é a enzima que catalisa a reação de transformação da hipoxantina em xantina, pois quando a pessoa está em repouso, esta enzima utiliza o NAD+ como aceptor de elétrons. Mas quando a pessoa passa a praticar exercício físico intenso, esta enzima passa para sua forma reativa, que em vez de usar o NAD+ como aceptor de elétrons, ela usa o oxigênio molecular, transformando-o no radical superóxido (olhar primeira equação do quadro mostrado no painel).



Por último, temos a produção de radicais favorecida pelos íons ferro e cobre. Quando se pratica exercícios físicos intensos, o corpo entra em uma acidose metabólica. Mas o que seria esta acidose metabólica? Este fenômeno é causado porque quando a pessoa está praticando o exercício intenso, a glicose sanguínea diminui, fazendo com que o corpo produza glucagon. O glucagon vai induzir a metabolização de lipídeos e de proteínas. Os lipídeos serão transformados em ácidos graxos e depois em corpos cetônicos. Como os corpos cetônicos têm um caráter levemente ácido, eles diminuirão o pH sanguíneo, causando assim a acidose metabólica. A acidose metabólica fará com que o ferro da hemoglobina seja liberado. Esse ferro, junto com o cobre, poderá promover a reação de Fenton, que transformará a molécula de peróxido de hidrogênio no radical hidroxila.

Alguns estudos mostram que uma maior produção de radicais livres no organismo,quando se pratica exercícios físicos, está mais relacionada ao estado de exaustão que a pessoa adquire ao praticar este exercício do ao próprio exercício realizado.

Ou seja, não importa se a pessoa está caminhando ou correndo, o que importa para que haja uma maior produção de radicais livres é se ela está muito cansada ao praticar este ou aquele exercício. Algo importante a ser lembrado é que o estado de exaustão está relacionado ao costume de se praticar exercícios físicos. Quanto mais uma pessoa praticar exercícios físicos, mais adaptado o corpo dela vai ficar e menor será a quantidade de radicais formados durante este exercício. Uma forma interessante de adaptar o corpo ao exercício físico é ir aumentando aos poucos a intensidade deste exercício, e não começar desde o início de maneira muito pesada.

Para se proteger contra os radicais livres, o corpo utiliza substâncias antioxidantes. Estas substâncias são de três tipos: antioxidantes de prevenção, varredores e de reparo. Os primeiros são usados para que não haja uma formação de radicais livres, os segundos são para impedir que os radicais livres já formados não consigam reagir com os compostos do corpo humano e os últimos são para reparar os danos causados pelos radicais livres que já reagiram com as membranas celulares, com o DNA ou com proteínas do corpo.

As substâncias antioxidantes podem ser classificadas de duas maneiras: em enzimáticas e em não enzimáticas. Dentro das enzimáticas, falaremos de três, a enzima superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a glutationa peroxidase (GPx). A enzima superóxido dismutase participa de reação de transformação de duas moléculas do radical superóxido em peróxido de hidrogênio. Já as outras duas transformam o peróxido de hidrogênio em água, em duas reações diferentes. E, dentro das substâncias não enzimáticas nós temos as substâncias que são produzidas pelo próprio organismo e as que são ingeridas pela dieta.

Uma substância que é ingerida através da dieta, mas que não se tem exata comprovação científica de que ajuda na prevenção antioxidante é o zinco. Sabe-se que ele participa da estrutura da enzima superóxido dismutase que, como já foi falado anteriormente, ajuda na retirada do radical superóxido do organismo, transformando-o em peróxido de hidrogênio. O zinco também participa da estabilização de membranas celulares e de algumas proteínas do corpo. A figura ao lado mostra alguns alimentos fonte de zinco, como algumas castanhas, amendoim, carnes e feijão de corda.

Para se proteger contra os radicais livres, o corpo desenvolve adaptações antioxidantes. No painel, o primeiro gráfico mostra que a ação da enzima glutationa peroxidase é aumentada em indivíduos treinados. Já esta mesma enzima atua de forma bem mais lenta em indivíduos não treinados. O segundo gráfico mostra que, após o exercício físico, tanto pessoas treinadas quanto pessoas destreinadas têm sua capacidade antioxidante total aumentada, mostrando assim, uma adaptação antioxidante do corpo para combater os radicais livres formados.

Gráfico 1

Gráfico 2

As duas últimas figuras são para lembrar que exercício físico não é só corrida ou caminhada, que assim como o ballet, outras danças são consideradas também como atividade física. Isto é importante de ser lembrado porque pessoas que não gostam de ir à academia, de correr ou de caminhar no parque, têm outras opções de manter o corpo em forma e a saúde em dia.



Para terminar, não devemos nos preocupar tanto com esta imensa formação de radicais livres produzidos no nosso organismo durante a atividade física intensa, pois o nosso corpo utiliza estes radicais para se proteger de microorganismos invasores, como bactérias.

Postado por: Paula

Painel 3 - suplementos

- A Creatina

A creatina, um composto naturalmente encontrado em alimentos de origem animal, tem sido considerada um suplemento nutricional efetivo na otimização do desempenho de atividades físicas.
Ela é sintetizada no fígado, rins e pâncreas, e é estocada no músculo esquelético, onde pode se manter na forma livre (40%) ou fosforilada (60%). Mas como assim fosforilada? Existe um sistema, chamado sistema fosfogênio, que representa a fonte de ATP de disponibilidade mais rápida para ser usada pelo músculo como fonte de energia. A associação da creatina a ele, ou seja, o sistema ATP-CP, creatina-fosfato, fornece essa reserva de energia para a mais rápida e eficiente regeneração do ATP se comportando como importante reservatório de energia utilizado em prática de exercício de curta duração e alta intensidade.
Apesar da função energética da creatina na atividade física ser conhecida há décadas, apenas recentemente tem-se dispensado atenção aos possíveis efeitos ergogênicos da suplementação oral desse composto. Essa suplementação parece aumentar os estoques musculares de creatina.
Muitos, mas não todos, os estudos disponíveis sugerem que a suplementação de creatina otimizaria o desempenho de atividades de curta duração e alta intensidade, particularmente em exercícios intermitentes, com limitados intervalos para repouso.
A suplementação aguda de creatina parece provocar aumento de massa magra, porém, esse aumento parece ser conseqüente de um maior acúmulo de água corpórea. A ingestão crônica de suplementos de creatina, em associação com o treinamento de força, poderia aumentar a massa muscular, porém, ainda são necessários mais estudos para confirmar essa hipótese.
A ingestão de doses elevadas de creatina por períodos de até 8 semanas, bem como a ingestão de baixas doses por até 5 anos tem sido considerada saudável, não apresentando efeitos colaterais indesejáveis.
A decisão de se utilizar a suplementação de creatina como um método de se otimizar o desempenho esportivo deve ser tomada com ponderação, de acordo com a necessidade de cada indivíduo e sob acompanhamento nutricional.

- Doping

A Agência Mundial antidoping, AMA, estabelece que doping é a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários ou contra o espírito do jogo. A caracterização do doping se dá quando duas ou mais dessas condições se fazem presentes.
O controle do doping pode ser realizado pelo exame de sangue ou de urina do competidor imediatamente após o término de uma competição, podendo também ser feito a qualquer momento da vida do atleta, durante um treinamento, em sua residência e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.

A maioria dos atletas já vem sendo testada muito antes do evento, o que diminui as chances de que eles se dopem antes dos Jogos e parem num determinado período para que as substâncias que utilizaram não sejam detectadas. Caso haja um flagrante, o atleta tem o direito de se explicar, mas, se for comprovado o doping, ele é punido conforme a substância utilizada. A penalidade mais comum é a suspensão.

A ação metabólica do doping no organismo depende da substância que está sendo usada como tal.

Tipos de s substâncias dopantes:

•Agentes anabolizantes;
•Beta-bloqueadores;
•Estimulantes;
•Hormonais e substâncias relacionadas;
•Álcool;
•Manipulação química e física;
•Canabinóides;
•Dopagem genética;
•Narcóticos;
•Glucocorticosteróides.
- Overtraining

Para o treinamento ser bem sucedido deve ser suficientemente intenso para provocar a quebra da homeostase, ou suja, o equilíbrio, e provocar a super compensação para que haja uma melhora no desempenho físico. Quando a intensidade, a duração e a carga de trabalho diário dos exercícios são apropriadas, ocorrem adaptações fisiológicas positiva, como hiprtrofia, definição aumento do condicionamento físico, entre outros resultados esperados. Todavia, condições de estresse excessivo induzido pela auta intensidade de exercício físico podem provocar efeitos indesejáveis, tais como:


- lesões;

- fraqueza muscular;
- mudanças hormonais;
- alterações no humor;
- depressão psicológica e
- problemas nutricionais (como diminuição do apetite e diarréia).

Os atletas, na tentativa de alcançar altos níveis de desempenho com o treinamento podem ser levados ao treino excessivo, e freqüentemente exibir sinais e sintomas do super-treinamento. Dentre esses sinais estão inclusos (no painel)


Entre os efeitos citados, observa-se também uma variação hormonal, como a ativação das citosinas, um hormônio relacionado com o sistema imunológico, a diminuição de hormônios anabólicos, a testosterona, por exemplo, e o aumento de hormônio catabólico, como o cortisol.

Embora não exista indicação de que o supertreinamento cause danos irreversíveis ao atleta, o risco de lesão, doenças ou a retirada prematura do esporte é aumentado. Para o controle desses fatores é necessário que o atleta repouse ou mantenha um treinamento reduzido durante algumas semanas ou meses para que se obtenha uma completa recuperação física e mental do atleta.

Postado por: Talita.