segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Painel 3 - suplementos

- A Creatina

A creatina, um composto naturalmente encontrado em alimentos de origem animal, tem sido considerada um suplemento nutricional efetivo na otimização do desempenho de atividades físicas.
Ela é sintetizada no fígado, rins e pâncreas, e é estocada no músculo esquelético, onde pode se manter na forma livre (40%) ou fosforilada (60%). Mas como assim fosforilada? Existe um sistema, chamado sistema fosfogênio, que representa a fonte de ATP de disponibilidade mais rápida para ser usada pelo músculo como fonte de energia. A associação da creatina a ele, ou seja, o sistema ATP-CP, creatina-fosfato, fornece essa reserva de energia para a mais rápida e eficiente regeneração do ATP se comportando como importante reservatório de energia utilizado em prática de exercício de curta duração e alta intensidade.
Apesar da função energética da creatina na atividade física ser conhecida há décadas, apenas recentemente tem-se dispensado atenção aos possíveis efeitos ergogênicos da suplementação oral desse composto. Essa suplementação parece aumentar os estoques musculares de creatina.
Muitos, mas não todos, os estudos disponíveis sugerem que a suplementação de creatina otimizaria o desempenho de atividades de curta duração e alta intensidade, particularmente em exercícios intermitentes, com limitados intervalos para repouso.
A suplementação aguda de creatina parece provocar aumento de massa magra, porém, esse aumento parece ser conseqüente de um maior acúmulo de água corpórea. A ingestão crônica de suplementos de creatina, em associação com o treinamento de força, poderia aumentar a massa muscular, porém, ainda são necessários mais estudos para confirmar essa hipótese.
A ingestão de doses elevadas de creatina por períodos de até 8 semanas, bem como a ingestão de baixas doses por até 5 anos tem sido considerada saudável, não apresentando efeitos colaterais indesejáveis.
A decisão de se utilizar a suplementação de creatina como um método de se otimizar o desempenho esportivo deve ser tomada com ponderação, de acordo com a necessidade de cada indivíduo e sob acompanhamento nutricional.

- Doping

A Agência Mundial antidoping, AMA, estabelece que doping é a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários ou contra o espírito do jogo. A caracterização do doping se dá quando duas ou mais dessas condições se fazem presentes.
O controle do doping pode ser realizado pelo exame de sangue ou de urina do competidor imediatamente após o término de uma competição, podendo também ser feito a qualquer momento da vida do atleta, durante um treinamento, em sua residência e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.

A maioria dos atletas já vem sendo testada muito antes do evento, o que diminui as chances de que eles se dopem antes dos Jogos e parem num determinado período para que as substâncias que utilizaram não sejam detectadas. Caso haja um flagrante, o atleta tem o direito de se explicar, mas, se for comprovado o doping, ele é punido conforme a substância utilizada. A penalidade mais comum é a suspensão.

A ação metabólica do doping no organismo depende da substância que está sendo usada como tal.

Tipos de s substâncias dopantes:

•Agentes anabolizantes;
•Beta-bloqueadores;
•Estimulantes;
•Hormonais e substâncias relacionadas;
•Álcool;
•Manipulação química e física;
•Canabinóides;
•Dopagem genética;
•Narcóticos;
•Glucocorticosteróides.
- Overtraining

Para o treinamento ser bem sucedido deve ser suficientemente intenso para provocar a quebra da homeostase, ou suja, o equilíbrio, e provocar a super compensação para que haja uma melhora no desempenho físico. Quando a intensidade, a duração e a carga de trabalho diário dos exercícios são apropriadas, ocorrem adaptações fisiológicas positiva, como hiprtrofia, definição aumento do condicionamento físico, entre outros resultados esperados. Todavia, condições de estresse excessivo induzido pela auta intensidade de exercício físico podem provocar efeitos indesejáveis, tais como:


- lesões;

- fraqueza muscular;
- mudanças hormonais;
- alterações no humor;
- depressão psicológica e
- problemas nutricionais (como diminuição do apetite e diarréia).

Os atletas, na tentativa de alcançar altos níveis de desempenho com o treinamento podem ser levados ao treino excessivo, e freqüentemente exibir sinais e sintomas do super-treinamento. Dentre esses sinais estão inclusos (no painel)


Entre os efeitos citados, observa-se também uma variação hormonal, como a ativação das citosinas, um hormônio relacionado com o sistema imunológico, a diminuição de hormônios anabólicos, a testosterona, por exemplo, e o aumento de hormônio catabólico, como o cortisol.

Embora não exista indicação de que o supertreinamento cause danos irreversíveis ao atleta, o risco de lesão, doenças ou a retirada prematura do esporte é aumentado. Para o controle desses fatores é necessário que o atleta repouse ou mantenha um treinamento reduzido durante algumas semanas ou meses para que se obtenha uma completa recuperação física e mental do atleta.

Postado por: Talita.

Um comentário:

Alunas - Bioquímica do Exercício 2/08 disse...

Desculpe pessoal, esquecemos das fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000500014&lng=pt&nrm=iso

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732002000100009&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt

http://www.educacional.com.br/reportagens/doping/oquee.asp

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.scielo.org.ve/img/fbpe/Alan/v52n2/art1img1.jpg&imgrefurl=http://www.scielo.org.ve/scielo.php%3Fpid%3DS0004-
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